terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Fátima Joaquim - A minha ignorância



Durante a maré baixa, escrevi um verso na areia, conferindo-lhe tudo o que me vai na alma e no espirito.
Regressei na maré para o ler e meditar sobre ele. E não encontrei nada na areia a não ser a minha ignorância.

Kahlil Gibran


José Monge:

Se o desejo de saber pela infância
É inesgotável como poço sem fundo,
Ao crescer percebo a minha ignorância,
Que chega até a ser maior que o mundo.

Como um grão de poeira no deserto,
Como o quartzo perdido numa praia
Pensando que estou longe, estou tão perto,
Do dente da serpente, do aguilhão da raia.

José Monge, 15-01-2008

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