quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

José Monge - A Terra da Fernandina


Há nos arredores do local onde vivo há umas povoações conhecidas como "Terra da Anja" e "Quinta da Fernandina", nomes que achei curiosos e que permitem dar largar à imaginações sobre quem ou que factos terão estado na sua origem. Não fiz qualquer investigação nesse sentido, mas ocorreu-me o seguinte poema (ficcionado).


A Terra da Fernandina

.
(Refrão:)
.
A terra da Fernandina
Não dá erva, não dá nada,
A terra é como a dona,
Tão só e abandonada.
.
Fernandina ainda moça
Foi casar com o feitor,

Não tinha passado um ano

E perdeu o seu amor!

.
O dia tornou-se noite,
O pranto virou loucura,

Secou o fruto no ventre

E só ficou a agrura!

.
Se a espiga ficou preta,
A oliveira medrou,

Nada mais cresceu na terra,

Que herdou do seu avô.

.
(Refrão)
.
O povo dizia a medo,
Que o lugar estava embruxado

E ninguém batia à porta,

A do postigo fechado.

.
Mas a Fernandina acordou,
Um novo amor apareceu

E a terra da Fernandina

De novo floresceu!

.
.
José Monge, 24-05-2003

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Vila Nova de S. Bento

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vila_Nova_de_S%C3%A3o_Bento
Vila Nova


[Refrão:]

C______________G
Plantada na planície

_______________________C
Com a Espanha mesmo ao pé
_____________________G

Esta terra que era Aldeia,

Esta terra que era Aldeia,
_________________C

E que agora Vila é!
..
.
Do Rossio ao Bairro Alto,
Até faz lembrar Lisboa
Se o cantar alentejano,
Fosse fado por engano
Parecia a Madragoa!
.
Mas as térreas casinhas
De cal branca caiadas
Dão lugar ao azulejo
Dão lugar ao azulejo
Fica a paisagem estragada.
.
[Refrão]
.
E se fores a Vila Nova
Leva laranjas na mão
Em meados de Janeiro
Em meados de Janeiro
Para S. Sebastião.
.
P’ra não ofender S. Bento
Sai em Maio a procissão
E vai até ao Cruzeiro
E vai até ao Cruzeiro
Santas Cruzes devoção!
.
[Refrão]
.
Foi em tempos uma aldeia,
A maior de Portugal!
Aldeia Nova de S. Bento,
Vila Nova de S. Bento,
És minha terra natal!


José Monge, 1992

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Degraus...


Estes degraus que levam ao meu céu,
São talhados na pedra por gigantes,
Com archotes dissolvem o escuro bréu,
Estando perto, ao subir ficam distantes!
José Monge, 19-11-2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Daniel Oliveira - welcome to my world

José Monge:

Tu És
.
Poema que quero assinar
O mel que adoça os meus dias
O fogo que me endureçe
Meu calor nas manhãs frias
.
Teu Janeiro, meu Abril
Capricórnio vs. Touro
Amor selado nos Astros
Gravado com letras d'Ouro
.
Mulher, Esposa e Mãe
Rosa vermelha do ramo
Pessoa, Alma, Única
És tu quem muito Amo.
.
José Monge, 24-01-2006

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Benjamim Vieira - O meu Gira(sol)

benjamim vieira - o meu Gira(sol)
.
José Monge:
Aproveitando esta bela foto do Benjamim Veira, aqui está mais uma canção infantil que escrevi no ano passado, para cantar no turma do colégio do meu filho (tal como a canção intitulada "Maravilhas do Céu" que publiquei anteriormente neste blog em Janeiro de 2008).
.

A estrelinha Girassol

Refrão:
C________________G
Gira, gira, Girassol,
Bb__________________F
A estrelinha em caracol. (2x)
E________________Am
Fica no espaço sozinha
E________________Am
Redondinha, amarelinha. (2x)

F________________C
Recebe e envia fotão
E___________________Am
Solta gás numa explosão.
F_______________C
Barriga com comichão,
Em________________Am
Nasce gigante ou anão.
.
Gira, gira, Girassol,
A estrelinha em caracol.
Anda à volta planeta,
Fecha os olhos e não espreita.
.
Asteróide ou cometa,
É petisco, não é treta.
Só tem medo do Adamastor,
Buraco negro que é um terror.
.
[Refrão]
.
Foge, foge do Adamastor,
Salva os planetas, cheios de cor.
Nesta galáxia orbita,
Deixou de estar aflita.
.
[Refrão]
.
Já não gira sem direcção,
Cansada com tanta acção,
Agora é estrela que nos aquece
E um dia de Sol não se esquece.
.
[Refrão]
.
José Monge, 28-03-2007

sábado, 25 de outubro de 2008

Zélia Paulo Silva - Sol Poente

Zélia Paulo Silva - Sol Poente

Tardinha... "Ave-Maria, Mãe de Deus..."
E reza a voz dos sinos e das noras...
O sol que morre tem clarões d'auroras,
Águia que bate as asas pelo céu!
.
Horas que têm a cor dos olhos teus...
Horas evocadoras doutras horas...
Lembranças de fantásticos outroras,
De sonhos que não tenho e que eram meus!
.
Horas em que as saudades, p'las estradas,
Inclinam as cabeças mart'rizadas
E ficam pensativas... meditando...
.
Morrem verbenas silenciosamente...
E o rubro sol da tua boca ardente
Vai-me a pálida boca desfolhando...
.
Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"

José Monge:

O sol que morre tem clarões d'auroras,
De luares pintados a nascente,
Teu olhar extasiado dessas horas,
E o rubro sol da tua boca ardente!
.
E as memórias de tão reprimidas,
Serão sonho ou mesmo em vida vividas,
Mas perdidas entre orações e novenas?
.
Meu coração em teu olhar se prendeu,
E por meu desejo a chave se perdeu,
Em tempestades nas noites mais amenas!
..
José Monge, 25-10-2008

sábado, 18 de outubro de 2008

Voa uma Borboleta


Voa uma Borboleta


Voa uma borboleta,
Quem sabe para onde irá?
Pode ir longe ou ficar perto,
Mas na memória ficará!

E as asas com mil cores,
De arco-íris pintados,
Num corropio entre flores,
Prova néctares delicados.

Daniel e José Monge, 18-10-2008

terça-feira, 29 de julho de 2008

José Monge - O Selo


José Monge:
.
O Selo
.
Uma cifra, um número só,
Os extremos do abecedário,
Este mundo já mete dó,
Traímos o Santo Sudário.
.
Se o aquecimento é global,
A Terra queixa-se assim,
A catástrofe é quase total,
O tempo quase no fim!
.
José Monge, 27-07-2008
.
.
Dedicado à minha sobrinha Paula Jorge Graça.
.

Ver:


http://joserodriguesdossantos.com/index_ficheiros/Page9322.htm
http://joserodriguesdossantos.com/index.htm

José Monge - A Fórmula



José Monge:

A Fórmula

Da escuridão fez-se a Luz,
O Verbo sempre no tom,
Nas contas do Deus da Cruz,
A Música nasceu do som.
.
Com elementar aritmética,
Desdobra-se cada dimensão,
Com rima perfeita e métrica,
Partículas e galáxias em colisão.
.
José Monge, 27-07-2008
.
Dedicado ao meu sobrinho e afilhado José Carlos Jorge!
Ver:

sábado, 21 de junho de 2008

Paulo A. - Magestic


José Monge:

Majestic
.
Hundred eyes is not pathetic
In green haze and electric blue,
Alien skeleton stored in the attic,
Collective thought to comfort you.
.
Central intelligence, reptilian back
A king crowned among two legged
Earthly government easy to elect
Over politicians, no vote is begged.
.
For selected eyes and not a lot,
Fireballs and flying craft,
Hoaxes and fakes part of the plot,
Counter information in looks of draft.
.
Lores away, the truth to play
For whole Mankind in form of contract,
Age of Aquarius is here to stay,
God and Science in the Contact.
.
José Monge, 21-06-2008

Publicado em Poetry.com:

http://www.poetry.com/Publications/display.asp?ID=P9019882&BN=999&PN=1

Leitura recomendada:
http://en.wikipedia.org/wiki/Majestic_12
http://en.wikipedia.org/wiki/Roswell_UFO_Incident

sábado, 14 de junho de 2008

Henrique Alfonso Triviño - perfil da mulher que amo

Henrique Alfonso Triviño - perfil da mulher que amo

Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
.
Soneto do Amor Total de Vinicius de Moraes
.
"E il naufragar m'è dolce in questo mare" G. Leopardi

José Monge:

Como é lindo gritar aos quatro ventos,
Do fundo da alma que nos habita,
Deixar no ar tão nobres sentimentos,
E do escuro carvão reluz pepita!
.
Amar demais, traz mil e um tormentos,
Bem do fundo do ser algo que grita,
Traga sempre o Amor nos pensamentos,
E nenhuma barreira fica invicta.

José Monge, 14-06-2008

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Lúcio Caldeira - ALVIELA - REQUIEM PARA UM RIO

Lúcio Caldeira - ALVIELA - REQUIEM PARA UM RIO


Na minha terra havia um rio
Com pedrinhas brilhando
Peixinhos nadando
Libelinhas voando
Crianças brincando

Na minha terra havia um rio
De esperança nascida
De vida vivida

Mas...
Desmedida ambição
Sem contemplação
Gerou poluição
E qual furacão
Destruição, destruição

Na minha terra há um rio
Sem pedrinhas brilhando
Sem peixinhos nadando
Sem libelinhas voando
Sem crianças brincando

Na minha terra há um rio
Sem esperança nem norte
Sem vida vivida
Á espera...da morte!

Informação: Poluição causada pelas fábricas de curtumes, que utilizam o crómio (produto altamente tóxico e cancerígeno) para curtimento das peles.


José Monge:

Na minha cabeça
E no coração
Ecoam sem pressa
Os risos de então.
.
Que imensa tristeza,
Que desolação,
Outrora a leveza
Na palma da mão.
.
Cristal fluindo,
Da Gruta ao Tejo,
As crianças rindo
Nelas me revejo.
.
Mão na Consciência,
Alerta à Razão,
Desperte a Ciência,
Ainda há Salvação!

José Monge, 09-06-2008
Dedicada ao amigo Lúcio e que as nuvens se dissolvam!

sábado, 10 de maio de 2008

Lúcia Letra - Lutar para sobreviver



Lutar para sobreviver!!!!!!!!!

Como muitos de vocês sabem sou professora e dou aulas numa escola secundária que fica a 30 km do Porto. Nesta altura do Ano preenchem-se os papéis para o subsídio escolar.

Na minha direcção de turma há uma menina que é muito boa aluna e que ao longo do Ano notei que lhe faltavam algumas coisas básicas, mas que mesmo assim tinha sempre um sorriso no rosto.

Hoje como era o ultimo dia para entregar os papéis e fiquei admirada por ela não ter pedido o merecido subsídio. Não sei muito bem o que me levou a fazer isto, talvez o instinto, entrei dentro do meu carro e fui até casa dela.

Encontrei este senhor, pai da menina e perguntei quais eram os rendimentos lá de casa. Olhou para mim, com cara de quem luta muito na vida, e disse-me:

- Professora ganho 400 €, a minha mulher está em casa a tomar conta dos nossos 3 filhos e ajuda-me aqui no quintal a plantar umas coisitas. Fiquei espantada com tal situação, como é que este homem sobrevive e porque é que não tinha pedido o subsídio. Quando lhe perguntei, ele respondeu:

- Eu não sei ler e não sei preencher esses papéis todos e de certeza que há pessoas que precisam mais do que eu, nós cá nos arranjamos.

Grande lição de vida a que este pai me deu!!!!!!!!!!!!!!!!!
Lúcia Letra, 2008-05-09

Maria Dias - 366 DIAS...


Maria Dias - 366 DIAS...

...de Olhares, 491 fotos, 7 GP! Gosto de estar aqui apesar da reduzida disponibilidade, fiz bons amigos, alguns muito mais do que virtuais, ficarão para sempre no meu coração :D
Para vós todos este malmequer do campo com "recheio"!

"Os amigos são como as estrelas, nem sempre os vemos mas sabemos que estão sempre lá!"

Nenhum caminho é longo demais quando um amigo nos acompanha. (Autor desconhecido)

Conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, eis o que faz da Terra um jardim habitado. (Goethe)

Tenham um bom fim-de-semana!

José Monge:
Eu acrescentaria mesmo:

Os amigos são como as estrelas, podem brilhar mais ou menos, mas sempre aquecem o nosso coração!

José Monge, 10-05-2008

segunda-feira, 5 de maio de 2008

José Monge - Luz Divina

José Monge - Luz Divina

O Abril esteve chuvoso
E só em Maio melhorou,
A vinda do Daniel
Até o tempo mudou.

Ainda choveu esta noite,
Fez vento de madrugada
E os planetas em linha
Saudam a tua chegada.

As nuvens choram no céu,
São lágrimas de alegria
Por passar a poder ver-te
Saudar cada novo dia.

José Monge, 05-05-2000

E hoje, oito anos volvidos: feliz aniversário querido filho!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Nuno Milheiro - Fala-me sobre a lenda da floresta

José Monge:

Fala-me sobre a lenda da floresta,
Esse tempo já remoto que passou,
Nas vozes que cantavam sempre em festa,
Flutuando na cascata que amansou.
.
São estórias de duendes e fadas
De tantas luzes no céu que assim brilhou
Mais que as nuvens e águas já passadas,
A magia do Gerês essa ficou!
.
José Monge, 22-04-2008

Francisco Fadista – “Monte do Seiceiro”

Francisco Fadista – “Monte do Seiceiro”
“Monte do Seiceiro”, ainda o conheci habitado, com alma, rodapé ocre, mais tarde rodapé azul envelhecido que tanto o caracterizava. Hoje, a terra é bela, infelizmente abandonada como tantos montes alentejanos…
José Monge:
É uma pena que o interior do nosso país continue na senda da desertificação, a que não são alheias as políticas erradas de quem governa os nossos destinos e nos empurra para o litoral, para as mega-aglomerações e para a anti-qualidade de vida.
Mas uma bela foto amigo Francisco e, face a esta beleza, ainda há esperança!

José Monge, 22-04-2008

Alexandre Yuzo Maruoka - Outono no templo Ono


O outono da o contraste a uma cena monocromatica a imagem esculpida na rocha cinza. Foto tirada a partir do templo Onodera.

José Monge:
Na luz suave contemplando
Os Elementos nas cores,
Vagueia o meu ser errando
Por entre pedras e flores.
.
O vento traz-me o teu cheiro
Desperta algumas mágoas
E o seu eco zombeteiro
Desliza por entre as águas.
.
Repouso a mão na verdura,
Inalo este ar prazenteiro,
Revejo toda a ternura,
Daquele beijo, o primeiro.
.
Meu coração já sem dores,
O espírito a mente limpando,
E vás tu para onde fores,
Eu fico por ti esperando...
.
José Monge, 22-04-2008

domingo, 20 de abril de 2008

Daniel Oliveira - Fechaste-me 1 porta...


Daniel Oliveira - Fechaste-me 1 porta...

... mas abriram-se duas!!!
Modelo: Sara Pereira
Local: Torres Vedras

(Ainda) Sem palavras...
José Monge, 20-04-2008

João Sequeira - A nossa costa

http://olhares.aeiou.pt/a_nossa_costa/foto1735858.html
joao sequeira - a nossa costa


O avanço inexorável do mar,
que mão humana não consegue domar.

José Monge, 20-04-2008

terça-feira, 8 de abril de 2008

Henrique Alfonso Triviño - os delírios de Dom Quixote

José Monge:

Porque todos temos um pouco de D. Quixote, na busca, no ideal de beleza, em que a grandeza do que os olhos vêm, está sobretudo na ideia que dela fazemos...

Quixote sebastiânico,
Numa tarde de nevoeiro
Contra gigantes, titânico
Sem o Sancho, seu companheiro.

No querer, na força, a razão
De ver mais que a realidade,
Alma pura, nobre coração,
Ontem e hoje, sem idade.

José Monge, 08-04-2008

sábado, 29 de março de 2008

Fernando Alves - "U"



José Monge:

O canhão pr'o lago minguando,
Qual Nessie exposto no leito.
Que lendas retratas Fernando?
Agora que lhe apanhaste o jeito!


José Monge, 29-03-2008

Fernando Alves - "C"

.
Centro de Portugal.
Rio Zêzere num dia encoberto apresentava estas excelentes cores.
Espero que gostem.
Abraço para todos.

José Monge:

Não chega a ser um meandro,
Mas ainda uma bela imagem,
Um "C" de Classe, malandro
Fernando és rei da paisagem!
.
José Monge, 29-03-2008

domingo, 9 de março de 2008

Daniel Oliveira - Futuro Do Mar

Daniel Oliveira - Futuro Do Mar


José Monge:

Uma foto fabulosa, um olhar fantástico e um título que não poderia ser outro. E a profecia irá concretizar-se, quer quando o Sol evoluir ou antes disso pela nossa acção!

O futuro do mar,
A continuar assim,
Sem parar de pescar
E recursos no fim!
.
Doce ou salgada,
Vai-se a água do mar,
Depois de evaporada
Já só fica o lugar.
.
Dia há-de chegar,
Em que o Sol vai crescer,
Uma Terra sem mar,
Nada há a fazer!

José Monge, 09-03-2008

sexta-feira, 7 de março de 2008

NEST1 - Qual é a tua música?

NEST1 - Qual é a tua música?


José Monge:

A que me pulsa na cabeça e me enche o corpo, sem precisar de vibrar nos tímpanos. Mesmo sem "perfect pitch" ou metrónomo, a certeza da afinação e do compasso.

Só é pena que seja mono!

José Monge, 07-03-2008

quinta-feira, 6 de março de 2008

Daniel Oliveira - Carruagens de Felicidade



José Monge:

Ai da felicidade,
Se perdemos o amor!
Ter sorte nesse jogo?
Só se tivermos humor!

Ao apagar-se esse fogo,
A vida vive na dor,
Anos com a mesma idade,
Até que volte o amor.

Bonita é a amizade
E preenche o coração,
Adia felicidade,
Mas põe-te o mundo na mão!

José Monge, 06-03-2008

segunda-feira, 3 de março de 2008

Roberto Mendes - Sorte.



Achei um lindo ceu para uma foto, ai esse belo modelo passou para se juntar e fazer essa bela composição, pura sorte !!!!!!


José Monge:
Adeus Verão

Refrão:
__C__________F_________G
O Verão já está a terminar,
_______F________G__________Bb
Que saudades eu vou ter do mar,
___C_________F_________G
Da praia, do Sol, do calor,
______F__________G_________Bb
Já em casa, nos ombros o ardor.

________G___________Bb
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
________G___________Bb
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
___Am__________G________F________G
As conchas na areia, gaivotas no ar,
__Am________G________F_________G
A espuma na rocha, estrelas do mar.

Surfistas deslizam nas ondas,
A música ecoa pelo ar,
Na pele o bronze mais escuro,
E sabe tão bem nadar.

________G___________Bb
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
________G___________Bb
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
___Am______G____F_________G
Toalhas ao Sol, óculos no rosto
__Am_________G______F_________G
E fica-se na praia até ao Sol-posto.

Vai-se o Sol, estranha sensação,
Adeus aos amores de Verão
E na despedida, um engano:
“Voltaremos no próximo ano....”

________G___________Bb
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
________G___________Bb
Oh, oh, oh, oh, oh, oh
___Am______G_________F____________G
Os dias cinzentos acabarão por chegar,
____Am_____G_______F_______G
Com eles o frio, virá para ficar!

[Refrão]

José Monge, 18-10-1985

sábado, 1 de março de 2008

Daniel Oliveira - Retoques



Conjutivite...Meus caros, é este o motivo pelo que estou um pouco afastado do Olhares e apenas consigo comentar quem comenta as minhas fotos... não, não sou eu quem está com Conjutivite, isso refere-se á imagem...Mas a imagem é o que me leva a estar afastado da net, agora ando a fotografar "mortos", para quem fizer confusão desculpem, mas é mesmo verdade, este senhor seria apenas mais uma foto para o vasto leque de fotos que estou a fazer para inventariar retratos perdidos, mas este ficou diferente, pois parece que este senhor estaria com conjutivite, pelo menos a minha colega disse que ele estaria com a vista suja...lololol
Daniel Oliveira, 29-02-2008

José Monge:

Excelente Daniel. É como se estivessemos do outro lado, o dos espectros... E o Sr. da fotografia é o humano do mundo real, o que nos captiva o olhar. E nós, pouco mais que ectoplasma, tentamos desesperadamente captar a sua atenção, na esperança vã de nos fazer voltar ao mundo dos vivos...

José Monge, 01-03-2008

Luis Dias - s/t


Luis Dias - s/t (Sines)

http://olhares.aeiou.pt/s_t/foto1794350.html


José Monge:

Ultra Tagus

E________________B
Para lá do rio intemporal
D___________________A
Que é uma fronteira natural
E______________B
E uma barreira cultural
D____________________A
Já houve um celeiro essencial
*
Refrão:
E______________G
Há por lá uma imensidão
___D____A___________G
Perdida no calor de Verão
_______E
Onde a verdura é escassa
_____C____________Em______D__E
E do gado resta a carcaça
*
Tradição perdida do olival
Sobreiros que passam bem mal
Procissão sem chuva no final
Alqueva promessa irreal
*
[Refrão]
*
Golfe e coutada, novo ideal
Para um deserto potencial
Vendendo imagem de serviçal
Sem dignidade, comercial
*
[Refrão]

José Monge, 16-06-1992

Rui j Santos - Não sei nadar, vou a pé...

Rui j Santos - Não sei nadar, vou a pé...

Rui J. Santos:

Muita destruição houve hoje nesta cidade ,betão ,betão e mais betão ,obras que fazem planeiam e acabam no verão ,a baixa de setubal ficou completamente inundada ,vi pessoas a chorar vi pessoas a rir vi grandes tristeza ,ouvi grandes parvoices ,de quem apenas se limita a falar ,sem que tenha no minimo um segundo de pensamento ,só espero que se aprenda com tanta desgraça

José Monge:

18 de Fevereiro de 2008, foi apenas um sinal do que a Natureza pode!

Tremor / Temor


Refrão:

____Am_______________________Em
Quando o tremor de terra chegar,
_____F______________________G
Quem sabe onde é que vais estar,
_______C____________________Am
Vai apanhar-te de calças na mão,
_______Dm__________________Em
Vais ganhar um caixão de betão...

___F____________G
Ti-tiririri-tiriri
___F____________G
Ti-tiririri-ti-ri

Como o sismo agora distante
Que arrasou Lisboa num instante
O que é que nos vai acontecer
Se nem dá para as escadas descer...

Ti-tiririri-tiriri
Ti-tiririri-ti-ri

E aqueles que vão escapar
Os vivos deverão desenterrar
E só depois dos mortos tratar
Tanto corpo para cremar ...

Ti-tiririri-tiriri
Ti-tiririri-ti-ri

Vais ver mais uma vez o Chiado
Quase completamente arrasado
E no palácio de S. Bento
Restam ratos do Parlamento.

Ti-tiririri-tiriri
Ti-tiririri-ti-ri

E toda a Baixa lisboeta,

Mergulhada numa lama preta,

Contempla a ponte retorcida

E a parte do Cristo-Rei caída.


Ti-tiririri-tiriri
Ti-tiririri-ti-ri

Nem a Amadora vai escapar,
Como Almada vai desabar,
Prédios até ao firmamento,
vomitam-nos com seu cimento.

Ti-tiririri-tiriri
Ti-tiririri-ti-ri

[Refrão]

José Monge, 27-08-1992

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Maria Dias - CAMPOS ALENTEJANOS


Maria Dias - CAMPOS ALENTEJANOS
José Monge:
Na lembrança
*
C__________________G
Fica a todos na lembrança
Am___________________Em
Ver chegar ao entardecer
F/C______________C/F
O pastor e seu rebanho (2X)
G____________________C
E o Fiel sempre a correr.
*
Melhor não podia haver
Que o pão ao sair do forno
E o café na "chocolateira" (2X)
Nem precisava estar morno.
*
Refrão:
Deixar a vista perder-se
Nas ondas do cereal,
Desembarcar num sobreiro (2X)
Passear no olival.
*
Dia de festa em chegando
Tantos foguetes pelo ar,
Circo, torrão, carrocel (2X)
E que pena ao acabar.
*
E em qualquer reunião
Cantigas ao desafio,
Em escutando essas vozes (2X)
Até sinto um arrepio.
*
[Refrão]
*
José Monge, 15-05-1992

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Zélia Paulo Silva - Templo de Silêncio

O templo do silêncio é o ambiente mais eloqüente para expressar a força de um sentimento.(Augusto Cury)
Como eu comentava com o Daniel....é Curioso o rosto de dor na arte funebre ser sempre o de mulher...

José Monge:

Há realmente atitudes muito diversas relativamente à morte, mesmo que na base seja um evento carregado de emoção e que constantemente nos recorda que não somos perenes. As formas de exprimir essa dor inerente variam significativamente, tanto a nível pessoal como social.
Quanto à questão de serem em geral imagens femininas a exprimir a dor, penso que traduz simplesmente a maior percentagem de artistas de arte funerária que são homens, e portanto o ideal de beleza corresponde à esposa e à mãe. Curiosamente, poderiamos pensar que se está a retratar a situação em que a viúva fica desamparada em termos económicos pelo falecimento do "chefe da casa" dos tempos antigos, mas claramente não é esse caso, pois estas obras devem ter um custo considerável. Suponho que terá mais a ver com as condicionantes sociais de então, pois homem que é homem não era suposto exprimir emoções (pelo menos em público), em particular se denotassem alguma espécie de fragilidade. Felizmente que os tempos são outros e nomeadamente face à escassez de espaço, seguramente que a relação com a morte está a mudar. Um factor a ter em conta é a quantidade de material multimedia que o morto deixa para trás nas sociedades de hoje, se pensarmos por exemplo com há um século se resumia a meia dúzia de fotos, ou em percentagem muito inferior de pintura, escultura, literatura e pouco mais.

E visitar o cemitério Ingles em Lisboa parece uma excelente ideia. É só marcar uma data ;-)


José Monge, 24-02-2008

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Luis Fernando - cabilhas



Luis Fernando:
de maneira nehuma uma imagem religiosa

José Monge:

A delicadeza de um bouquet,
Ajustado às mãos de trabalho.
O fotógrafo com a alma vê,
O ouro a brilhar no borralho!

Que segurais entre as mãos?
Onde colhestes essas flores?
Cavilhas da cruz, tornam sãos
Os corpos com tantas dores.

José Monge, 14-02-2008

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Daniel Oliveira - A menina dos Prazeres




José Monge:
Excelente e comovente fotografia!
Uma vertente tão diferente, outra via
Que se invente num repente o que ouvia
A menina desta história e história havia.

Que sentimento, pensamento, ideia
Num momento, movimento que penteia
Esses cabelos belos de sereia,
Olhar que na memória serpenteia.

E o fotógrafo artista assim dizia,
Ao captar essa dor que a rodeia
Quem sabe o que a menina pensaria,
Boneca bela, mesmo velha, nunca feia.

Ficar sem ela certamente morreria,
Em noite de luar, com Lua cheia
E ao morrer ficou sem ela, mas um dia
Quem sabe, outra menina a passeia...

José Monge, 12-02-2008

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Maria Dias - EM BUSCA DO ALMOÇO...



José Monge:

Nas asas da borboleta,
Nas pétalas de uma flor,
Toda a coisa assim perfeita
Me lembra de ti, meu amor!

E se vais a qualquer lado
Sem a minha companhia,
Sinto–me só, isolado.
O mundo perde magia!

Sei que o amor também quer
Espaço, momentos a sós,
Mas entre querer e fazer...
Dói-me a distância entre nós.

Ai como eu fico triste,
Se me falas em ciúme,
Não compreendes e ris-te
Da dor por trás do queixume.

Penso poder estar errado,
E não entender o amor,
Quero ficar a teu lado
Na alegria ou na dor!

José Monge, 05-02-2008

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Daniel Oliveira - Nos rastos das cores!!!


Daniel Oliveira - Nos rastos das cores!!!

Desculpem estar a ser um pouco repetitivo....mas isto dá um trabalho do camandro...e cada qual é uma imagem diferente!!!
.
Lindo trabalho. Também vejo a mulher, só que não está nua. Está apenas em tronco nu e com a saia levantada com uma perna à frente e outra atrás a sacudir uma capa. Olé touro! Se assim fossem as touradas, até eu ia ao Campo Pequeno.
04-02-2008

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Alba Luna - ATÉ........


Um "Até logo" de não sei quanto tempo.
...
"...porque, na sua essência, não parto. Sou apenas, o corpo do meu eterno retorno."
*Boto e Maresia - (OBRIGADA.)

José Monge:

A luz, mesmo que tímida
Rasga a fria escuridão,
A alma que alumia,
Ao corpo traz a razão!

Qual barro, molda-se o ser,
Vida, chama ondulante,
Apaga-se ao perecer,
Acende-se mais adiante.

José Monge, 02-02-2008

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Fatima Joaquim - PIU' CHE PUOI

Cansei de fugir, de me esconder de mim...Caí ao fundo do poço...Respirei fundo...Quebrei a minha armadura...Com as lagrimas saidas do meu coração...Deitei tudo para fora...Hoje começo a viver a minha vida...Obrigado Ruben...tu sabes porque...por me dizeres o que quero ouvir, por me dizeres o que não quero ouvir mas preciso, por não me julgares, por me apoiares, por tudo, por existires. Adoro-te para sempre

José Monge:
A massa de água que quer abraçar os seixos na praia, repartida em milhares de gotas pela rocha que a trava no seu movimento, como uma âncora que não a amarra, mas que neste caso antes a impulsiona para outro elemento, transmutada em espuma. As acções que na nossa vida, com factores multiplicativos se propagam, sem que sobre elas consigamos exercer qualquer controlo e as âncoras que nos prendem à vida, que nos impedem de navegar, mas também de andar à deriva, reconfortantes no consolo de a elas regressar. Pode ser pouco o que podemos, mas tal como o pontão que enfrenta o mar em fúria, também a natureza humana se carrega de coragem, vence a tempestade para repousar na calmaria, que se segue.


José Monge, 30-01-2008

José Monge - Dicionário de formas

http://olhares.aeiou.pt/dicionario_de_formas/foto1728431.html
José Monge - Dicionário de formas

Nas nuvens vejo o que a imaginação me quer mostrar.
Já o fazia em menino,
e o menino em mim continua a fazê-lo,
apesar de há muito já ter deixado de sê-lo.
José Monge, 30-01-2008

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Fernando Alves - Flowers in Winter - 11


Fernando Alves - Flowers in Winter - 11

José Monge:

Abelha que andas ao mel
Chega p’ra lá o ferrão!
Não te armes em infiel
Ou levas c’a palma da mão!

José Monge, 23-01-2008

José Monge - Flor

José Monge - Flor http://olhares.aeiou.pt/galerias/detalhe_foto.php?origem=10&id=1714057

Que secretas leis da Natureza
permitiram que a beleza
evoluisse ao acaso,
num salto ou pequeno passo?

José Monge, 23-01-2008