terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Maria Dias - CAMPOS ALENTEJANOS


Maria Dias - CAMPOS ALENTEJANOS
José Monge:
Na lembrança
*
C__________________G
Fica a todos na lembrança
Am___________________Em
Ver chegar ao entardecer
F/C______________C/F
O pastor e seu rebanho (2X)
G____________________C
E o Fiel sempre a correr.
*
Melhor não podia haver
Que o pão ao sair do forno
E o café na "chocolateira" (2X)
Nem precisava estar morno.
*
Refrão:
Deixar a vista perder-se
Nas ondas do cereal,
Desembarcar num sobreiro (2X)
Passear no olival.
*
Dia de festa em chegando
Tantos foguetes pelo ar,
Circo, torrão, carrocel (2X)
E que pena ao acabar.
*
E em qualquer reunião
Cantigas ao desafio,
Em escutando essas vozes (2X)
Até sinto um arrepio.
*
[Refrão]
*
José Monge, 15-05-1992

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Zélia Paulo Silva - Templo de Silêncio

O templo do silêncio é o ambiente mais eloqüente para expressar a força de um sentimento.(Augusto Cury)
Como eu comentava com o Daniel....é Curioso o rosto de dor na arte funebre ser sempre o de mulher...

José Monge:

Há realmente atitudes muito diversas relativamente à morte, mesmo que na base seja um evento carregado de emoção e que constantemente nos recorda que não somos perenes. As formas de exprimir essa dor inerente variam significativamente, tanto a nível pessoal como social.
Quanto à questão de serem em geral imagens femininas a exprimir a dor, penso que traduz simplesmente a maior percentagem de artistas de arte funerária que são homens, e portanto o ideal de beleza corresponde à esposa e à mãe. Curiosamente, poderiamos pensar que se está a retratar a situação em que a viúva fica desamparada em termos económicos pelo falecimento do "chefe da casa" dos tempos antigos, mas claramente não é esse caso, pois estas obras devem ter um custo considerável. Suponho que terá mais a ver com as condicionantes sociais de então, pois homem que é homem não era suposto exprimir emoções (pelo menos em público), em particular se denotassem alguma espécie de fragilidade. Felizmente que os tempos são outros e nomeadamente face à escassez de espaço, seguramente que a relação com a morte está a mudar. Um factor a ter em conta é a quantidade de material multimedia que o morto deixa para trás nas sociedades de hoje, se pensarmos por exemplo com há um século se resumia a meia dúzia de fotos, ou em percentagem muito inferior de pintura, escultura, literatura e pouco mais.

E visitar o cemitério Ingles em Lisboa parece uma excelente ideia. É só marcar uma data ;-)


José Monge, 24-02-2008

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Luis Fernando - cabilhas



Luis Fernando:
de maneira nehuma uma imagem religiosa

José Monge:

A delicadeza de um bouquet,
Ajustado às mãos de trabalho.
O fotógrafo com a alma vê,
O ouro a brilhar no borralho!

Que segurais entre as mãos?
Onde colhestes essas flores?
Cavilhas da cruz, tornam sãos
Os corpos com tantas dores.

José Monge, 14-02-2008

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Daniel Oliveira - A menina dos Prazeres




José Monge:
Excelente e comovente fotografia!
Uma vertente tão diferente, outra via
Que se invente num repente o que ouvia
A menina desta história e história havia.

Que sentimento, pensamento, ideia
Num momento, movimento que penteia
Esses cabelos belos de sereia,
Olhar que na memória serpenteia.

E o fotógrafo artista assim dizia,
Ao captar essa dor que a rodeia
Quem sabe o que a menina pensaria,
Boneca bela, mesmo velha, nunca feia.

Ficar sem ela certamente morreria,
Em noite de luar, com Lua cheia
E ao morrer ficou sem ela, mas um dia
Quem sabe, outra menina a passeia...

José Monge, 12-02-2008

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Maria Dias - EM BUSCA DO ALMOÇO...



José Monge:

Nas asas da borboleta,
Nas pétalas de uma flor,
Toda a coisa assim perfeita
Me lembra de ti, meu amor!

E se vais a qualquer lado
Sem a minha companhia,
Sinto–me só, isolado.
O mundo perde magia!

Sei que o amor também quer
Espaço, momentos a sós,
Mas entre querer e fazer...
Dói-me a distância entre nós.

Ai como eu fico triste,
Se me falas em ciúme,
Não compreendes e ris-te
Da dor por trás do queixume.

Penso poder estar errado,
E não entender o amor,
Quero ficar a teu lado
Na alegria ou na dor!

José Monge, 05-02-2008

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Daniel Oliveira - Nos rastos das cores!!!


Daniel Oliveira - Nos rastos das cores!!!

Desculpem estar a ser um pouco repetitivo....mas isto dá um trabalho do camandro...e cada qual é uma imagem diferente!!!
.
Lindo trabalho. Também vejo a mulher, só que não está nua. Está apenas em tronco nu e com a saia levantada com uma perna à frente e outra atrás a sacudir uma capa. Olé touro! Se assim fossem as touradas, até eu ia ao Campo Pequeno.
04-02-2008

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Alba Luna - ATÉ........


Um "Até logo" de não sei quanto tempo.
...
"...porque, na sua essência, não parto. Sou apenas, o corpo do meu eterno retorno."
*Boto e Maresia - (OBRIGADA.)

José Monge:

A luz, mesmo que tímida
Rasga a fria escuridão,
A alma que alumia,
Ao corpo traz a razão!

Qual barro, molda-se o ser,
Vida, chama ondulante,
Apaga-se ao perecer,
Acende-se mais adiante.

José Monge, 02-02-2008