sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ocaso

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Eu iria até ao fim do mundo,
Até onde a lembrança vira ocaso,
Até ao túnel de luz sem fundo,
Até ao fim dos tempos sem atraso!
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Em silêncio, apaixonado me perdi,
Em teus olhos, tuas ondas de cabelo,
Nesse mar já não sei o que senti,
Teu amor pedi, mas não cheguei a tê-lo.
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Foram tantos os anos não vividos,
Já não tenho um segundo a perder;
Coração, diafragma, meus sentidos,
Latejando, ainda assim os vou prender!
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Esperança, nem um mês assim durou,
Afinal só um sonho, uma ilusão!
Minha certeza que se desmoronou,
Perdido numa enorme frustação.
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Quente e frio na análise onde errei,
Minha alma te ofereci ingénua e nua,
Pura empatia em que tanto acreditei,
Sem encontrar um lugar na vida tua!

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José Monge, 27-02-2009

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