segunda-feira, 9 de junho de 2008

Lúcio Caldeira - ALVIELA - REQUIEM PARA UM RIO

Lúcio Caldeira - ALVIELA - REQUIEM PARA UM RIO


Na minha terra havia um rio
Com pedrinhas brilhando
Peixinhos nadando
Libelinhas voando
Crianças brincando

Na minha terra havia um rio
De esperança nascida
De vida vivida

Mas...
Desmedida ambição
Sem contemplação
Gerou poluição
E qual furacão
Destruição, destruição

Na minha terra há um rio
Sem pedrinhas brilhando
Sem peixinhos nadando
Sem libelinhas voando
Sem crianças brincando

Na minha terra há um rio
Sem esperança nem norte
Sem vida vivida
Á espera...da morte!

Informação: Poluição causada pelas fábricas de curtumes, que utilizam o crómio (produto altamente tóxico e cancerígeno) para curtimento das peles.


José Monge:

Na minha cabeça
E no coração
Ecoam sem pressa
Os risos de então.
.
Que imensa tristeza,
Que desolação,
Outrora a leveza
Na palma da mão.
.
Cristal fluindo,
Da Gruta ao Tejo,
As crianças rindo
Nelas me revejo.
.
Mão na Consciência,
Alerta à Razão,
Desperte a Ciência,
Ainda há Salvação!

José Monge, 09-06-2008
Dedicada ao amigo Lúcio e que as nuvens se dissolvam!

Sem comentários: