quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Foz


Fosses minha noite e dia
Podias ser minha foz,
Vibrando na melodia,
Em canto da minha voz.
.
Rainha no pensamento,
Seria sempre mais forte
Que qualquer chuva ou vento,
Até mais que a própria morte.
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Tudo por ti eu faria
Se me restasse talento,
Por ti até criaria
Estrelas no firmamento.
.
Não há futuro, nem há nós,
Não quiz assim minha sorte,
Moinho esquecido sem mós
À mercê do vento norte!
.
E ainda que sorria,
Já me resta pouco alento,
Pouco há que alivia
Uma vida sem intento!
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José Monge, 23-02-2011

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